amor

O primeiro amor

16:37 Sweetest Cotton Page 0 Comments

(Li um texto muito interessante há uns tempos - o tema era sobre o primeiro amor... Hoje apeteceu-me escrever sobre isso)

É estranho! Mais do que estranho... Inicialmente aquela pessoa não passa de um estranho que chama à atenção, pelo seu aspecto bonito, pelo seu olhar, pelo seu chamar (o que lhe quiserem chamar). Entretanto há aquele desafio de conhecer, de conversar, de saber mais sobre... Facilmente se consegue falar. As conversas começam a ser frequentes e da amizade que vai surgindo, surgem alguns sentimentos. Também surgem as primeiras duvidas ''Será que este é um sentimento recíproco? Aliás... será que estou a sentir algo mais do que carinho por ele?''. Com o tempo percebe-se se tudo era imaginação ou desejo e se era recíproco. Vai nascendo qualquer coisa bonita... Sente-se aquela dor na barriga quando se vê o tal. Mas o engraçado é que essa ''dorzinha'' é muito diferente de amor para amor. Com o tempo começamos a deixar de sentir a mesma coisa. Pensamos sempre ''desta vez será diferente!'' e cada relação torna-se uma nova relação, pode até ser mais forte, com mais dúvidas do que a anterior, mas nunca será tão importante como o primeiro amor! O primeiro amor consegue ser tão mas tão genuíno. E o primeiro amor jamais será a primeira relação. O primeiro é aquele que nos faz sentir especial, que nos faz sorrir que nem estúpidas para o telemóvel, que nos faz ser super simpáticas para todos... O primeiro amor trás lágrimas, felicidade, sorrisos, adrenalina, descoberta, emoções únicas, borboletas no estômago, dúvidas, muitas dúvidas e algum medo... Esse é um medo tão diferente do medo que se sente nas próximas relações. O medo vai aumentando consoante nos magoam. E é por isso que o primeiro amor é o mais saudável. Existe pouco medo, porque é tudo tão desconhecido, tudo tão novo que por mais dúvidas que se tenham, acaba-se sempre por pensar que este amor é para sempre, que será diferente dos outros ''amores''. Mas um dia as coisas podem mudar. Um dia tudo acaba (tudo é efémero). Há aquele choque ''Porquê a mim?'' e ''Como?''. Depois uma amizade menos sólida permanece. Até que as pessoas começam a ser estranhas... Até podem pensar mil vezes uma na outra. Só que pura e simplesmente não falam. Não querem dizer nada. E isso não quer dizer que não haja mais nada a dizer. Há sempre tanta coisa que fica por dizer... Nem que fosse para comentar o destino fatal da rotina. A rotina que acaba com tudo! Mas não... Não há nada mais a dizer.

Ele segue para um lado...
Ela até pode ir atrás, como pode seguir para o outro lado...
Ambos pensam um no outro.
E um dia mais tarde vão-se encontrar e vão finalmente perceber que perderam muito por terem seguido caminhos opostos! No entanto, já nada havia a dizer naquela altura. 

Se tiverem mesmo de voltar a cruzar-se, assim acontecerá e aí nada haverá a fazer. Já não é o primeiro amor...


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